
Há um limite para.
Há um limite para se ser profundo. Há um limite para se ser subtil. Há um limite para se ser bom observador. Há um limite para.
Temos de mover-nos num mundo de limites ("condições de possibilidade" diria Kant) para a viabilidade de se ser (de ser-se; ou, mais bem, de sermos).
O limite da profundeza é a escuridão. O da subtileza o do filamento invisível. O da observação o do microscópio electrónico. Mas tudo no humano é assim. Para lá de certos limites é a confusão, a gratuidade, a loucura. Assim o grande amor só se reconhece na morte ou o excesso da razão no sofisma, ou absurdo, ou impensável.
Todo o excessivo no humano é desumano ou degenerescência ou vazio. Mas que há de grandioso no humano senão o excesso de si? E é decerto aí que habita Deus. Ou mais para lá.
1 comentário:
La posibilidad, lo limitado, lo es todo. Mas el ser humano no quedó saciado ni satisfecho con ello, y quiso "algo más"; algo más allá del todo, de lo posible, del límite de lo existente. Y fue entonces cuando comenzó a existir "todo" lo demás: es el exceso imposible, pero ahí está su belleza. Y sí es humano. Tal vez demasiado. ;P
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