quinta-feira, março 26, 2009

Beijo ontológico

Como a prazos mensais - de um mês sem calendário -
Beijo-te os olhos e digo-te quem sou

E confundo com acertos os desenganos,
que a vida - a mais senhora de todas as putas -
abençoou.

De lábios ternos, rugas fugazes e crenças de um credo por criar,
reza-se a um altar vazio e adormece-se acordado
para não sonhar.

E não há "mas" neste texto. Nem "porém", nem "talvez", nem "quiçá" ou "no entanto".
Termina como começou:
beijando-te os olhos...e dizendo-te quem sou.

quinta-feira, março 05, 2009

Vou esquecer a estrutura

Sim, porque este blogue tinha uma estrutura. Vou esquecer que a tinha.
Antes assim.
Daqui a pouco torno-me "aficionado" dos poetas japoneses: o Sol nasce, a bicicleta anda, o lobo uiva, o urso panda.