sexta-feira, julho 27, 2007

obviamente

Já não escrevo nem coloco nada aqui há algum tempo.
Obviamente: estou de férias.

Acerca de certas pessoas (Rui P., etc.) não conseguirem colocar aqui comentários: não sei a que se deve.
Talvez a net vos conheça e como sabe que tendes mau-feitio...

sexta-feira, julho 13, 2007

apenas desaparecendo II

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Chegados aqui sempre podemos dizer: - já estivemos mais longe!

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quinta-feira, julho 12, 2007

desaparecendo (n)o pensar VI


O Quijote do Cervantes é inesgotável. Por mais que o tenhamos lido encontram-se sempre pérolas. A minha frase preferida é desse livro. Mas a que agora coloco aqui foi a última pérola encontrada, anteontem.
Dizem, referindo-se ao Quijote, no funeral deste: "De tanto viver a vida matou a morte".
Caramba, que pérola! Inverte todas as ordens colocando a posição natural do ser humano numa condição de não-vida (que há que matar). Essa é pois (aqui) a primeira instância onde o ser-humano, afinal, se encontra. Como a termina (como mata a morte em que está (rotinas, costumes, hábitos...))? Resposta genial porque não diz, simplesmente, "vivendo". Afirma uma dimensão última do acto de viver: "de tanto viver a vida...".
Só nos limites da vivência a morte por fim morre (e o sujeito vive, pois que a morte morreu).
Enfim, uma pérola. Ou então estou doido. Ou ambas as coisas para que se possam corresponder em projecção de sentido. E não sentirem-se sós.

quarta-feira, julho 11, 2007

uma forma de desaparecer V


Uma pessoa que muito estimo disse-me há dois ou três dias que o meu blog estava um tanto ou quanto depressivo (não foram bem estas as palavras; eu próprio estou a acrescentar generosidade à generosidade dele; por isso imaginem não apenas o que ele disse mas o que no fundo estava a dizer).
No entanto, desta vez, não concordo com ele. Não o vejo (ainda) como depressivo. E espero não vê-lo assim nunca.
O que pretendo, isso sim, é que seja demagógico, retórico, inconsequente. E que distraia.
Todavia, se está depressivo que mais me resta senão contar uma anedota? Resposta: Muitas coisas. Por isso ainda a não contarei.

quarta-feira, julho 04, 2007

desaparecendo (n)o pensar V


Borges dizia, no poema Singladura, que "cada tarde é um porto".
Ok.
Mas cada noite é um naufrágio.