
- e então ele disse: "há ausências que na ausência se presentificam. Como a tua."
-e então ela, comovida, disse: "a sério? estás mesmo a falar a sério?"
-e então ele disse: "é um jogo de palavras. Não existe nada de mais sério que um jogo de palavras."
E então ela nada disse. E começou a chorar.
-e então ele disse: "porque choras?"
-e então ela disse: "porque não existem palavras que substituam o curso descendente das lágrimas. E o seu sal."
E então ele calou-se. Nada mais disse. Até hoje.
Uns dizem que ele se tornou assassino. Outros dizem que se tornou poeta.
Deve dizer-se que estes que dizem isto estão ainda num jogo de palavras.
Curiosamente com sinónimos.
7 comentários:
adoro o jogo das palavras.
tento.
Quem desconhece não devia desconhecer:
http://palmadabemdada.blogspot.com/
it's all so quiet...
(ao menos um artigozinho, ou assim. ao menos uma palavrinha ou assim. e a mim que me parecias um rapaz generoso :D )
só descobri o teu bloguinho hoje... posso linkar-te no meu?
marta
claro
beijo
vou ver o teu com mais atenção depois
:)
Rui Cancela, Rui Silva e Silva (para os curtos). Falo-te porque depois de te ter telefonado e enviado um mail, ao qual fizeste bem em não responder (tal era a péssima qualidade do que escrevi), resolvi saber o que é um blog. À data não sabia, e agora peço-te que vejas o meu...
João da Ponte e Sousa
http://suberombra.blogspot.com/
É este.
João da Ponte e Sousa
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